Aproveitei uma enfadonha aula de Logística Empresarial para ver meus e-mails da C&S do Brasil a empresa de materiais gráficos que represento e acabei me deparando com um e-mail de um colega meu… de cara curti muito o conteúdo e o título que mais parecia uma “chamada”, impossível não comentar ou responder a um e-mail desses… além de divertido, todo colorido, ainda tinham idéias realmente funcionais.
Vou postar aqui, logo abaixo, parte das fotos que colhi do mail de meu colega porém o assunto que quero tratar é a Criatividade.
Atualmente um dos talentos dos quais mais se fala no mundo, a ponto de que, uma pessoa que fala em criatividade pode ser criticado por estar falando de um termo muito usado, “gasto” como dizemos ou pode estar sendo extremamente agradável, atual ou inovador, sendo tão simpático como dizer “saúde” para alguém que espirra.
Dessa forma, sabe-se que o potencial criativo é algo conceitualmente diferente da criatividade.
A dita criatividade diz-se que é um processo de modificação, mudança, desenvolvimento e evolução na organização da vida subjetiva. Ainda “wikipediando”, temos lá que pode ser a emergência, o nascimento de algo único e original e que aquilo servirá como solução para as necessidades de pessoas em algum ponto da nossa linha de tempo.
O potencial criativo é relacionado com a capacidade que o indivíduo tem para produzir coisas criativas, transformar coisas, e adequá-las tornando-as necessárias ou mais úteis, ou mais chamativas, ou mais atraentes do que eram anteriormente.
Voltando-se novamente aos fatos corriqueiros, as coisas do dia a dia, sabemos que o mercado bate profundamente nos profissionais exigindo-lhes criatividade de uma forma tão equivocadamente injusta como se exige “experiência no primeiro emprego”.
Por vezes essa exigência é exigida só por se exigir mesmo…. (muito boa a redundância Horácio!!) de forma que a função desempenhada por certa razão deveria ter como requisito outro atributo, como: concentração, comunicabilidade, sociabilidade, agilidade, etc… e não a criatividade. De alguma forma me parece que algumas organizações dão mais importância a uma pessoa criativa do que responsável.
Em nada aqui estou eu querendo denegrir ou dizer que qualquer um desses atributos são mais importantes uns que os outros. Apenas que devem ser requisitados ou exigidos com bom senso. Já imaginou que legal a organização com vários profissionais selecionados por um headhunter todos eles com foco na “criatividade”… legal né?
E quem cobra pra entregar no prazo??
Bom, não tem ninguém, mas tem gente extremamente capacitada pra “criar uma desculpa”.
E quem controla as despesas?? Não tem ninguém, porque o cara contratado é extremamente bom em “criar” a tabela, mais nada.
A base principal da mensagem é essa. Todos devemos ter criatividade em nossos trabalhos, em nossas atividades, em nossos pensamentos e em nossas vidas. Porém nada deve cair em um “modismo” tão intenso que nos faça pensar que existem coisas simples na vida que podem ser feitas quase que no automático. Não precisamos inventar uma maneira de escovar os dentes todos os dias ou de ligar o carro no no vídeo da Honda postado aqui. [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=_ve4M4UsJQo]
Desvencilhar o conceito de criatividade de algo complexo é salutar, até porque invenções extremamente simples, por vezes foram e são até hoje muito, muito importantes.
A simplicidade sempre andou junto com a criatividade e a inovação, fazendo ocorrer casos como o dos astrônomos russos que simplesmente usavam lápis no espaço ao invés da tal caneta de U$ 1 Bi que foi desenvolvida.
E assim toca-se a vida “caraminholando-se” sempre coisas novas, viabilizando-se maneiras melhores de se fazerem as coisas, tudo em prol de cada vez maior comodidade, racionalidade, praticidade e várias outras “idades” que nos remetem ao resumo da história que é “deixar a coisa barbada” de fazer.
Como falei, não é um movimento em prol da marginalização da palavra criatividade… é só para lembrarmos que o bom senso deve imperar na hora de escolhermos como representaremos nós mesmos perante a sociedade, seja em qual lacuna ela nos julgará ou analisará e que por vezes a autenticidade nos faz sermos menos modistas, deixando assim transparecer qualidades extremamente fortes, úteis e que trariam destaque ao indivíduo mas que estão reprimidas na tentativa de se apresentar aquilo que o mercado quer.
O pensamento é esse… se o produto que mais vende na atualidade é o customizado, não é o profissional, em qualquer área que ele atue, que deve ser padronizado.
Um grande abraço, ótima reflexão… fiquem à vontade de compartilhar mais idéias sobre a “lebre” levantada.