Com essa proximidade da internet, me peguei pensando sobre algumas mudanças que ocorreram no trade marketing agora com o advento da internet, mídias virtuais, anúncios virtuais, mercado eletrônico, vendas pela internet e demais fatores agregados ao e-business.
Para isso é interessante a gente relembrar que o trade marketing é apenas uma parte do marketing, melhor dizendo, uma especialização dele, é a orientação das relações desenvolvidas entre fabricantes e canais de venda. O trade marketing estabelece a necessidade de adaptar os produtos e demais ações das organizações à partes como logística, estratégias, canais de vendas, entre outros.
O trade marketing inflou em importância a partir da década de 90, na chamada “Era Collor“, quando houve a abertura do mercado, que o tornou mais competitivo, pois até então a relação do mercado era de maior procura do que oferta, em praticamente tudo o que se possa imaginar… modelos de: eletrônicos, carros, móveis, bens de consumo e investimento em geral.
Os tempos mudaram e as movimentações do mercado se aguçaram pois novas empresas, novos produtos e uma nova concorrência se formou, fazendo “todo mundo se mexer”, propor, inovar, melhorar e assim criou-se uma maior necessidade por parte das organizações em “estar mais ativamente” no cliente para não sofrer com a migração de seus clientes até então retidos e conquistados para novas marcas, com novas propostas, novos produtos e novos estilos de atender que trouxeram, em alguns casos, mais proximidade e reconhecimento aos clientes.
Mesmo assim, com essas mudanças, com todo esse “movimento”, era ainda dada muita importância para o intermediário, ou seja, para os grandes grupos de lojas, para os grandes atacadistas, grandes distribuidores, e asim por diante e todo o esforço em atendimento, relacionamento e todas as ferramentas e fatores que já foram se desenvolvendo no trade marketing eram investidas e apostadas e paravam nos intermediários, sendo assim, a comunicação da marca, da organização, não chegava diretamente no cliente consumidor do produto.
Com a entrada da internet, dos blogs, das redes sociais, a acessibilidade à opinião do cliente ficou mais fácil, assim como ficou mais fácil contatar as marcas por intermédio de seus SACs, contatar mais consumidores da mesma marca pelos fóruns, chats e demais ferramentas.
Analisando assim, nos parece que teve um impacto positivo muito forte, trazendo proximidade do cliente à marca, porém , por outro lado, essa facilidade de contato, acesso e conhecimento trouxe um poder especulativo ainda maior para o cliente em relação as marcas ofertadores de bens, produtos e serviços, trazendo uma volatilidade maior nas decisões do mesmo.
Com isso, o trade marketing atualmente, para ser eficiente, não se envolve somente com os canais tradicionais e conceituais, e sim com os ditâmes trazidos pela internet junto ao relacionamento marca x consumidor, sendo assim, saber posicionar bem os produtos da marca dentro dos mecanismos principais de busca, deixar um canal facilitado e aberto entre o consumidor e produtor, conversar por meio de chats e blogs sobre os produtos de sua marca.
O trade marketing tenta, atualmente, se adaptar ao fenômeno do e-commerce de aumento crescente originado pelos e-consumidores, o movimento do trade é essencial para que as marcas se aproximem dos seus clientes, o que auxilia na formatação das estratégias e ações a serem desenvolvidas para a retenção e fidelização destes, ou seja, a boa formatação de estratégia x análise do mercado, resultarão em ações propícias e eficazes para a obtenção do caminho certo de proximidade com seus clientes e consumidores de sua marca e um consequente aumento das vendas.
Um grande abraço.
Horácio Almeida.’.